segunda-feira, 19 de abril de 2010

MANIFESTO À SOCIEDADE GAÚCHA

Os Professores da UERGS dirigem-se à comunidade gaúcha para apresentar o balanço e os resultados obtidos com o movimento desencadeado junto ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa bem como as necessidades urgentes para a instituição. Após várias tentativas de negociações no Gabinete de Assessoria Especial – GAE, que ocorreram desde o início do mês de março, marcadas pela intransigência dos negociadores do governo e sem a perspectiva de resultados objetivos e propostas que atendessem minimamente as necessidades da universidade, os docentes, reforçados pela participação dos estudantes, deliberaram pela Greve. De forma digna, criativa e organizada, fomos às ruas, praças, palácios, gabinetes, para denunciar a falta de professores, a inexistência de um Plano de Carreira que estimule a permanência dos docentes, o descumprimento do Termo de Compromisso assinado pelo Governo, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e o Conselho Estadual de Educação, salários arrochados e a mais completa falta de gestão na Instituição.

O Movimento, além de denunciar a agonia imposta à Universidade, afirmou a importância estratégica da UERGS para o nosso estado e a necessidade de que ela se concretize enquanto Universidade, autônoma, democrática e de qualidade.

É importante destacar que a decisão pela greve não foi motivada somente pela questão salarial, que é grave, mas sim pela alarmante fuga de docentes, a precariedade nas condições de trabalho oferecidas e o risco de a UERGS paralisar suas atividades pela mais absoluta falta de condições de funcionamento.

As reivindicações do movimento foram no sentido de viabilizar de forma emergencial a continuidade da Universidade através da nomeação dos concursados, a autorização de novos concursos, e apoio e alento aos mais de 3 mil estudantes que depositam na UERGS a esperança de se formarem e ingressarem no mundo do trabalho.

O movimento inicialmente dos docentes, contou com o apoio e solidariedade de todos os segmentos acadêmicos da Universidade, sensibilizou a opinião pública e mobilizou a classe política.

Cabe destacar a participação dos estudantes, que, com sua disposição, animada presença e maturidade, deram mostras de que essa justa luta só será vitoriosa com a participação de todos. Sempre presentes nas manifestações de rua, nas aulas públicas, nas galerias da Assembleia Legislativa e nas audiências com as secretarias de estado foram decisivos na construção dos resultados até aqui conquistados.

Estudantes lotaram ônibus e defenderam a UERGS, junto com os professores, na audiência que houve na Comissão de Educação e Cultura, na Assembleia Legislativa, na passeata no centro da cidade e na manifestação em frente à Secretaria da Fazenda, enquanto ocorriam as rodadas de negociação. No interior do estado, em várias cidades onde há Unidades da UERGS, também houve manifestações, passeatas e aulas em praças públicas, sempre de forma pacífica e organizada.

Registramos também o interesse e papel importante desempenhado por alguns parlamentares, que dedicaram seu tempo e disponibilizaram suas assessorias na construção de soluções que atendessem emergencialmente as demandas do movimento (Adão Villaverde, Marisa Formolo, Giovani Cherini, Adilson Troca, Marcos Lang, Edson Brum e Mano Changes). Entendemos que todo o Parlamento gaúcho que aprovou a UERGS por unanimidade deve fazer valer o cumprimento dessa importante decisão.

Essa mobilização criativa, alegre e justa repercutiu nos grandes meios de comunicação, foi destaque nas páginas da imprensa gaúcha, conquistou a solidariedade da opinião pública e colocou a UERGS em destaque em todo o estado. Consideramos positivos os resultados obtidos: reajuste salarial de 7,92% para os docentes, o maior já obtido pela categoria, reconhecimento de perda salarial histórica de 11,82%, contratação imediata dos docentes aprovados nos concursos já homologados pelo CONSUN, autorização para a reposição parcial do quadro docente para concursos posteriores e, finalmente, pela primeira vez, uma proposta de negociação, no curto prazo, do plano de carreira dos professores e dos funcionários.

As questões não atendidas merecerão a continuidade da nossa luta, que prosseguirá ainda mais forte. A luta apenas começou, e, para que a UERGS se consolide como UNIVERSIDADE e instrumento voltado para o desenvolvimento social e econômico do Rio Grande, continuaremos reivindicando:

1 - Constituir a UERGS enquanto política pública de Estado e não de governo;

2 – Dotar a Universidade com orçamento próprio estabelecido em Lei para que não dependa da vontade dos legisladores ou do executivo de plantão;


3 – Reconhecer sua autonomia e garantir democracia interna prevista em Lei. A UERGS vive de reitorias Pró-Tempore, uma vergonha para os gaúchos.


4 – Cumprir o Termo de Compromisso assinado entre a SCT, a UERGS e o Conselho Estadual de Educação (CEEd).


5 – Fixar o quadro permanente de profissionais por concurso com plano de carreira para docentes e técnicos-administrativos.


6 – Instituir uma política de acesso e permanência do estudante, garantindo auxílio moradia, alimentação e transporte.


O silêncio foi quebrado, a aula apenas iniciou, o caminho é longo e desafiador. Os professores e estudantes unidos mostraram sabedoria e coragem. Todos estão convocados a se engajarem nessa luta, em especial os funcionários, na busca de uma UERGS que possibilite um melhor futuro para os Gaúchos.

Abril 2010

ADUERGS e SINPRO/RS

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fechado o acordo com o GAE

Na manhã de hoje o grupo formado por representes da ADUERGS, do SINPRO e do GAE chegaram a um acordo sobre a proposta de reajuste salarial para os docentes da UERGS. Esta proposta foi então levada à Assembleia Docente a qual a considerou satisfatória no momento, o que possibilitou o fechamento do acordo.

Resumo do acordo:
Reconhecimento de uma perda histórica de 11,82% e com base nisso conquistamos um reajuste de 7,92% a partir de junho + 15 vales alimentação no valor de R$ 13,70.

Trata-se no maior reajuste já obtido pela categoria e atribuímos esta conquista ao intenso trabalho realizado por docentes e discentes na divulgação da importância da UERGS para o nosso estado, bem como, de nossa capacidade organizacional. Aproveitamos para convidar os funcionários a participaram conosco deste processo.

Em maio a negociações recomeçam, desta vez para o acordo coletivo, o plano de carreira e os concursos públicos.

Em breve enviaremos mais formações.
Parabéns a todos!!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Informes para o dia 6 de abril - Negociação com o governo e assembleia docente

Negociação com o governo avança pouco

Em reunião na tarde desta segunda-feira (05/04) entre representantes do Governo do Estado a Comissão de Negociação da Uergs, no Gabinete de Assessoramento Especial do Governo do Estado (GAE), o Governo propôs aos professores um reajuste de 6,09% e 15 vales refeição.

Os professores, por sua vez, entregaram uma contraproposta de reajuste de 9,92% e complemento de 15 vales refeição até fevereiro de 2011, período em que será discutido o Plano de Carreira Docente da Uergs.

Uma nova reunião com o GAE ficou agendada para esta terça-feira, 06/04, às 10h30, para continuação da negociação e retorno da contraproposta dos professores. Os docentes permanecem em assembleia permanente e os alunos fazem vigília em frente ao GAE.

ASSEMBLEIA NESTA TERÇA-FEIRA, 06/04

Após reunião com o GAE, os professores da UERGS se reúnem em Assembleia na sede Estadual do Sinpro/RS (Av. João Pessoa, 919), às 11h30, para avaliar a negociação.

Relato da Assembleia do dia 1º/4/2010

1) Manter a suspensão da greve durante o processo de negociação com o GAE que ocorrerá na próxima segunda-feira às 17 horas.

2) Indicativo de retomada de greve caso as negociações não avancem.

3) Solicitação da presença de um representante da Casa Civil e de um representante da reitoria como observadores da negociação no GAE na segunda feira.

4) Ato público – Os professores e alunos da UERGS farão um ato público na segunda-feira, 5 de abril, às 12h, em frente à Secretaria da Fazenda do Estado (Rua Siqueira Campos, 1044) em protesto sobre a situação da Universidade.

5) Assembleia geral - Na próxima segunda-feira as (16h) os docentes se reunirão na Assembleia Legislativa do RS (possivelmente na sala do 3º andar) para deliberar sobre a retomada da greve dependendo do resultado da negociação.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Nova reunião e ato público

Em reunião na manhã desta quinta-feira (1º/04) no Gabinete de Assessoramento Especial do Governo do Estado (GAE), a Comissão de Negociação da Uergs, integrada por representantes do Sinpro/RS e Aduergs, foi recebida pelo diretor do Tesouro Estadual, José Alfredo Pezzi Parode. De acordo com informações da Comissão, houve poucos avanços nas tratativas por desconhecimento da representação do governo da pauta proposta.

Uma nova reunião com representantes do GAE ficou agendada para próxima segunda-feira, 05 de abril, às 17h. Na pauta, a negociação do Plano de Carreira e a avaliação da proposta de Negociação Coletiva: reposição de 9,92%, implementação do Plano de Carreira já aprovado, cumprimento do Termo de Compromisso que garante a certificação dos diplomas, gratificação de 15% pela falta de Plano de Carreira; solução emergencial para problemas nas unidades, publicação do Regimento Geral da Universidade já aprovado e nomeação dos diretores regionais.

Os professores permanecem em assembleia permanente e com a greve condicionada ao resultado da negociação da próxima segunda-feira com o GAE. Se não houver uma definição até dia 6 de abril não haverá tempo hábil para que vigorem os reajustes e a contratação de professores, uma vez que a Lei eleitoral só permite reajustes no setor público seis meses antes e depois da data do pleito, e, contratações três meses antes e depois. Já o prazo limite para contratações é 3 de julho. Caso não haja solução negociada, o movimento entende que em agosto pode não haver mais do que 60 professores da Uergs, inviabilizando a oferta de ensino na Instituição.

ASSEMBLEIA GERAL - Na próxima segunda-feira as (16h) os docentes se reunirão na Assembleia Legislativa do RS (possivelmente na sala do 3º andar) para deliberar sobre a retomada da greve dependendo do resultado da negociação.

ATO PÚBLICO dia 5/4 – Os professores e alunos da Uergs farão um ato público na segunda-feira, 5 de abril, às 12h, em frente à Secretaria da Fazenda do Estado (Rua Siqueira Campos, 1044) em protesto sobre a situação da Universidade.